quarta-feira, 7 de março de 2018

Aborto Paterno



























Paternal é para o dicionário aquele que lembra proteção e carinho do pai, deveria ser sempre assim, deveria..

Contudo o dicionário não possuía qualquer ideologia, mas sim a definição daquilo que é o termo apontado ao paizão que aparece vez ou outra pra tirar uma foto e lançar nas redes sociais,pra dar um micro presente ou apenas se fazer de como diz o termo do dicionário:Ser paternal.

Pior ainda ver todos os dias nossa hipócrita sociedade classificar a palavra aborto apenas no feminino, como se apenas elas concebessem o filho ou pior utilizando a célebre frase da massa ignorante. "Na hora de revirar os olhos estava bom não é, agora aguenta!"

A sociedade é de forma comum e burra conivente com o aborto paternal isso é, permitindo que o homem abandone de forma simples e vil o ser que ele na minha humilde opinião nem mesmo tem a capacidade de chamar de filho.

Há uma frase de Simone de Beavoir que classifica assim: "O opressor não seria tão forte se não houvesse cúmplices entre os próprios oprimidos." Entenda então que apesar de estarmos tão avançados em alguns conceitos e choques culturais ainda assim renegamos fatos absurdos como um pai que não destina suas obrigações ao seu filho.

Tem bom moço que abandona a mulher assim que ela se diz grávida, outros durante a gravidez,alguns quando nasce, tem aquele que abandona na hora de registrar e mais outros que abandonam quando casam de novo.

Triste, mas esses babacas, me desculpem o termo, mas não consegui imaginar outro melhor são os mais escrotas variações entre aqueles que acreditam que a mulher é a única responsável por gerar,criar,educar, dar condição de vida e tudo isso com migalhas de um terço do terço do salário quando muito pago em dia,afinal o paizão dona da piroca maravilha tem de sair e badalar para propagar ainda mais a sua escrotidão pelo mundo isso é se não propagar ainda mais o aborto de filhos pelo mundo.

Mais triste ainda é o fato de que muitas mães permitem que após esse abandono o pai saía por aí sem batalhar pelos direitos daqueles por quem elas deveriam lutar a qualquer custo.

O tema é polêmico claro, não poderia deixar de ser até por muitas vezes ser mal interpretado e tão mal visto a ponto de sumir das rodas de conversa por exercer um peso muito negativo em quem comenta sobre, mas pense apenas que um pai não é aquele que destina parte da sua renda a um filho é bem mais do que isso.

Um pai precisa compartilhar com a mãe,seja lá qual a situação conjugal dos dois,se estão juntos ou separados visando o melhor para aquilo que eles levarão para a vida toda. 

Relacionamentos entre casais um dia podem sim chegar ao fim por "n" fatores que são discutíveis ou não,da mesma forma que o fato de ter um filho com uma pessoa não te faz eternamente um casal. 

Filho não mantém um relacionamento, vocês são PAI e MÃE, o que claro não quer dizer que ao se separar de alguém você deva desaparecer do mapa por não estar mais junto aquela mãe que por pior pessoa que seja é a mãe tanto quanto você é o pai.

Num mundo ilusório da sociedade machista em que vivemos ainda vemos opiniões distintas da realidade que classifica como bom pai aquele que paga a pensão em dia, mas se esquece do filho no restante do mês e se bobear se lembra com rancor dos trocados descontados em folha.

Abandono paterno é algo machista de tal ponto que se torna um ideal nocivo da masculinidade e que reflete em toda a sociedade, logo é um problema geral da sociedade e não apenas da mulher deixada para trás com um filho nos braços.

Mas a sociedade é condescendente, passa a mão na cabeça, se acostumou com aquilo que estamos vendo a olhos vistos. Pagar a pensão não incluí carinho e amor que um pai deveria dar ao seu filho de maneira gratuita, da mesma forma que uma mãe não se torna super heroína apenas pelo fato de ter sido deixada para trás, mas é sim valente e guerreira por superar a irresponsabilidade de alguém que talvez ela não tenha notado que era um "bosta" na vida.

O emocional da criança, como não pensar nisso, como calcular a falta da presença de um pai na vida de uma pessoa. Talvez seja fulcral na construção do perfil do adulto  que essa criança abandonada em partes se torna no futuro, por mais que a mãe tente e até por muitas vezes consiga haverá sempre uma ponta solta na vida da criança que vai da culpa pelo pai dar no pé até o vazio de não ter alguém para fazer algo que se espera de um pai.

Temos de parar de jogar a culpa sobre as responsabilidades de um aborto apenas no feminino. Parar de julgar o abandonado ao invés de quem abandona, parar de enxugar o gelo de tentar esconder algo que é tão reprovável em nosso meio de vida.

Parar de passar o pano para que pais sigam fugindo de serem pais e que enaltecer ainda mais aqueles que lutam para ser aquilo que como define o dicionário é: SER PATERNAL!

Nem só de pão vivem as crianças, mas sim de uma palavra dita na hora certa, de um carinho, um afago não só do pai como também da mãe, da prática de bons exemplos também vinda dos dois isso é muito maior do que o conforto financeiro, o emocional, a cumplicidade pai e filho é algo que vale muito mais do que muitos homens jamais conseguirão pagar.

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