segunda-feira, 26 de março de 2018

O meu padrão sou eu!




























Todos os dias pela manhã construímos aquilo que poderemos ser durante todo o nosso dia ao nos 
encarar no espelho.

Juntamos ali naquela refração de imagem a nossa auto estima diária que na verdade deveria ser constituída a partir da derivação de tudo aquilo que podemos perceber dentro do nosso corpo,personalidade, experiências ou informações adquiridas no dia anterior ou em todo o passado já vivido.

Há no entanto um contexto histórico de beleza que a sociedade segue.

Toda uma cartilha daquelas que parece ser única a dizer o que é certo ou errado nos nossos costumes, no nosso jeito de ser, se somos feios, bonitos,atraentes ou não.

Tudo isso traz para nossa cabeça uma complexa equação sobre o que realmente somos perante o mundo até nos esquecer de que somos únicos diante de tudo isso.

Todos os dias veremos pessoas insatisfeitas com a vida que estão levando, com as coisas que possuem, com o próprio corpo ,tudo isso por ditarmos uma imagem que as vezes não condiz com a nossa aceitação, mas que a sociedade de forma abrupta nos enfia goela abaixo dizendo que é o certo e que nada pode ser modificado dentro desse conceito.

Se tratando do corpo é algo ainda pior, pois há uma grande chance do desconforto já existir vindo de dentro, um mísero detalhe ou o conjunto da obra podem desagradar e de repente se tornar o "start" de uma grande insatisfação diretamente ligada a opinião comum. 

Ouvi esses dias uma frase da cantora Jojo Todynho. Ok, ela pode não ser um primor cantando, ainda mais em um país com tantos talentos por aí, mas concordo com ela que afirmou que ela é a quebra de padrões ao fazer dela o próprio padrão e não aquele que dizem que ela deve seguir.

Voluptuosa, despachada, Jojo é o tipo de pessoa que teria de tudo um pouco para ter total complexo de seu físico e jeito de ser, mas como vimos não é bem assim.

A esmagadora maioria das mulheres talvez gostariam de ter o seu corpo mudado,mais magra, dois quilos a mais, mais atlética, com mais curvas, existe uma ambição taxada pelo olhar alheio que a coloca em cheque sobre aquilo que ela deve ser baseado, no que um bem comum acha melhor para todos e inclusive para você que não deseja mudar.

Opinar no corpo alheio, na vida alheia de uma maneira geral torna-se um esporte, um desejo de suprir aquilo que desejamos a nós mesmos ou que temos como o conceito ideal, a perfeição.

A epidemia de opiniões conjunta a virose de insatisfação faz com que nos olhemos no espelho e não tenhamos o prazer ou a miníma felicidade com aquilo que é refletida ali.

Precisamos parar de nos satisfazer para passar a nos aceitar.

Precisamos perceber que boa parte de toda essa insatisfação criada sobre o nosso corpo e alma faz parte de algo que nós criamos e que infecta nossa cabeça, corpo e alma e que temos imensa dificuldade em nos libertar.

A cada vez que definimos o certo e errado percebemos que o caminho se torna estreito e muita gente fica de fora do caminho, fica pelo caminho quando deveríamos seguir todos lado a lado e sem um ideal comum.

Não somos padrão, somos diferentes!

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