quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Meu "querido" Ex.Doc (30)


(Todo mundo já teve um ex não é? Sendo assim,boas e más lembranças dos relacionamentos passados serão contados aqui no Meu "querido" ex, afim de relembrar, rir e chorar de boas histórias relatadas por pessoas que de forma anônima ou não se despuseram a contar suas vidas sem qualquer custo. A todos o meu MUITO OBRIGADO)

"O ser humano faz loucuras.E eu me incluo com louvor nesta lista.
Serei breve,porém,objetiva.

Eu precisava viajar.Sair da rotina. Estava enlouquecendo e ficando doente.

Estava gritando por socorro e aparentemente ninguém me ouvia.
A ideia genial: Vou pro Rio!

Inicialmente eu ficaria na casa de uma amiga,mas,de última hora e alguns imprevistos,ela não pode 

Está história aconteceu entre os dias 1° e 5 de Novembro de 2017.

É "predador",vou falar sobre você,se um dia você chegar a ler. 

Meses antes eu conversava virtualmente com uma pessoa que eu conheci em um grupo de Facebook

O Referido, (vou trata-lo assim,para não citar nomes) e eu passamos mais ou menos três meses de bate papo virtual, onde foram revelados muitos gostos em comum. Engraçado né? A maioria das desgraças amorosas começam assim.


Na impossibilidade de ficar na casa da amiga,fui pra casa do Referido,que conste,eu nunca tinha visto pessoalmente antes,pelo menos não nessa vida.


Sim! Viajei quatrocentos e cinquenta quilômetros para ficar na casa de um absoluto desconhecido.

As únicas coisas que me passavam pela cabeça eram: 
"E se ele for psicopata?" 
"Eu sou doida mesmo,né?"
"DEUS! Me socorre!"

Quando cheguei ao Rio,fui muitíssimo bem recebida por ele e por sua mãe,conste,um amorzinho ela!

No final ele não era um psicopata, eu ainda me achava doida, e só pedia para Deus que aqueles poucos dias, não tivessem fim.

Pela primeira vez eu fui ao morro da Urca. Com ele. Lugar lindo, vista SENSACIONAL. E a companhia era a melhor .


Como disse,não vou detalhar,acho desnecessário.

Posso dizer que foram os quatro melhores dias de 2017. Eu não queria voltar. E quando eu estava silenciosa e ele perguntava no que eu estava pensando, minha vontade era dizer: "Eu não quero voltar. Quero ficar" Mas eu dizia "Não sei, tô pensando em muita coisa".

Estava em uma época de total falta de eixo e lugar. Não me encaixava em nada, e nada parecia se encaixar. Problemas todos temos, e minha confusão mental era tamanha, que ora parecia um furacão de nível cinco, ora um oceano calmo,tranquilo e sem ondas.

Me lembro que, em um momento da noite, mais uma vez ele perguntou em que eu pensava. 
Consegui ser 100% honesta e dizer: "Aqui,estou 100% aqui e nem mesmo com muito esforço eu conseguiria me concentrar em outra coisa. É uma tarefa difícil normalmente, mas eu estou aqui. Completamente."

Não sei o tanto que ele queria saber no que eu pensava. Se queria a resposta: "Em você" ou "Em nós", não teve ali, porque eu tive todos os medos do mundo em dizer coisa tão besta para alguém que eu acabei de conhecer. Mas na maior parte era. E ainda é. Em você. Em nós que não existe.

Ainda não consigo diferenciar se foi o Referido, ou a visita ao Rio que despertou a minha vontade de morar aqui, eu sei que depois daqueles dias,eu nunca mais fui a mesma.


Estes poucos dias me modificaram de uma forma que anos não foram capazes.


Despedidas são horríveis, e quando estava esperando pra embarcar,ele me disse: "Obrigado. Muito obrigado. Por tudo!"


Eu gostaria de saber ler mentes para tentar ler o que passava na mente dele naquele momento. Mas ainda acho que aquele último beijo no meio de muita gente,vindo de uma pessoa discreta,disse muita coisa. E que beijo!


Tenho também um sentimento de gratidão por ele. Ele alterou o meu ritmo de forma muito positiva. Ouso até a dizer que ele ajudou a mudar o curso da minha vida, ou fazer com que eu encontrasse o caminho que eu deveria seguir. (Caso você leia, capaz de se lembrar,daquele email).

Menos de dois meses depois eu vim morar no Rio. Não por ele, mas por mim. Este era o meu caminho.


Depois,saímos uma única vez, eu fiz o que não deveria e ele resolveu sumir. Acontece.


A graça de tudo isso, é saber que eu moro a pouco mais de trezentos metros da casa dele. A distância de quatrocentos e cinquenta quilômetros, passou para trezentos metros. Um quarteirão.


É torturante as vezes. Sempre, na verdade. Eu o vejo algumas vezes, de longe, e sinto saudade daquele sorriso e daquele olhar mais enigmático que o sorriso da Monalisa. Mas tô aí, firme,forte,seguindo meu rumo,meu caminho.


Talvez eu me apaixone tão intensamente de novo, mas por tudo e ele sabe bem, dificilmente conseguirei esquecer. e o P.U.L.S.E faz questão de me relembrar."


  

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