quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Nossa curta,longa vida



Muitas vezes deixamos de lado as coisas as quias vivemos.
Muitas vezes isso ocorre justamente por acharmos que isso vai se repetir mais adiante, ou que de fato há coisas mais importantes do que ver as pessoas em nosso dia a dia.

Convivemos com muita gente, para aqueles que tanto admiram as modernas redes sociais, têm se ali um rol de lembranças variadas e outras que serão adquiridas em meio a sua linha do tempo ou ao feed de notícias.

Não se pode viver num eterno "TBT" é claro,afinal a vida segue seu curso e implacavelmente o tempo irá passar para todos e será mais benevolente com alguns.

Pense naquele seu colega de antigos trabalhos, ou daqueles que trabalharam com você em seu atual emprego. O que dizer de uma foto de colégio onde crianças estavam ali em uma simples excursão e hoje tem de trabalhar duro para se sustentar e por quê não, alimentar seus filhos e em alguns casos netos.

É com certo esforço que nos lembraremos de alguns fatos passados com essas pessoas,para muitos um lapso de memória gigante que se abre para só ser retomado em conjunto através de encontros esporádicos programados ou não. O velho "Um dia a gente marca", mas que dia mesmo?

Encontrar membros de nosso passado pode claro trazer boas lembranças, ver a bondade do tempo,mas pouco será efetivo para dizer que nada mudou, tudo muda, troca de lugar invariavelmente e pouca coisa será mantida.

Há quem chegue para ficar, aqueles que entram nos vagões de nossa vida e ficam ali,quietinhos ou fazendo barulho,sendo notados e voluntariamente queridos por nós e por quem os cerca.

A vida é de quem deixa lembranças e de fato teremos um pouco a lamentar se vermos quantos daqueles saltaram de seus vagões sem aviso, deixando o trem da vida e saindo dos trilhos de um trem a qual muitos ainda estão em viagem.

Vagões que seguem o mesmo caminho,vagões que se separam,passageiros em longa viagem que ainda a seguem,passageiros de viagem curta que pouco aproveitam da vista.

A vida para uns é longa demais,mesmo que mal aproveitada, para outros se vive a milhão aproveitando cada instante como se ele fosse o último.

Infelizmente um dia ele acerta e lá se vai um passageiro saltando sem o menor aviso.

Melhor então aproveitar cada momento,aproveitar o olho no olho,o abraço fraternal e até mesmo aquele olhar torto de quem não sabe ser tão carinhoso quanto poderia.

Se não der tempo de aproveitar isso é por que estamos acelerando demais o nosso trem,fazendo as curvas nos trilhos sem pensar em sequer por um pouco o pé no freio.

Que um dia possamos reparar naqueles que habitam nossos vagões,seja se sentando ao nosso lado e nos fazendo um pouco de companhia,ou aqueles que apenas passam pelos corredores estreitos e logo se vão para outros vagões ou até para fora do trem.

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