quarta-feira, 9 de maio de 2018

Este sou eu!


Adentro meus olhos,espelhos da alma, fonte de meu profundo auto conhecimento.

É ele quem vejo a despir-me a alma e venerar o que tanto procuro.

Me encaro,me vejo, olho aquilo que não quero ver. 

Meu mundo está diante de mim, estou diante daquilo que preciso ver.

Ao encarar a mim mesmo vejo ali a causa e a solução de todos os meus problemas.

Vejo ali o quanto posso e o quanto eu quero prosseguir e regredir.

Preciso me ver,preciso me sentir, preciso ser e existir de uma maneira onde eu seja o único responsável por aquilo que chamamos de felicidade.

E se vier a tristeza que eu esteja preparado para ela também, de que adianta apenas sorrir e não saber o que fazer quando o pior chegar.

É ali me encarando que eu entendo as minhas angústias.É ali que eu passo a compreender que os dias de sol não podem existir sem os dias de chuva.

Aquele ali sou eu.

Forte,fraco,alto,baixo,gordo,magro, pouco importa. O que vem de dentro de mim, está ali para tomar forma pelos meus olhos.

Ah os meus olhos...

O quanto falam as minhas retinas enquanto percorrem tudo aquilo que o olho humano me permite enxergar.

Mal sabia eu que a minha vista duplica quando eu abro o coração.

Coração aberto no entanto é perigoso, deixa entrar tanta coisa,quando na verdade poderia deixar só uma frestinha.

"Vem,aqui cabe mais um, tem espaço pra todo mundo" 

Balela boba, não tem espaço pra tanta gente assim. Cada vez que entra um e ganha o seu espaço, tira o espaço do outro. Tal qual uma competição de menor intensidade, onde os competidores não são capazes de se atacar,mas engatinham ainda mais na arte de se defender.

Ali olhando para mim eu sei o quanto posso ser ingênuo na frente do mundo, mas totalmente esperto para o mesmo mundo.

Eu aprendo a cada vez que me vejo por fora,enquanto na verdade quero olhar para dentro.

Que eu possa me perdoar,que eu possa me alavancar que eu possa fazer mais do mesmo e ao mesmo tempo faça o novo.

Me reinventar pode ser preciso, posso querer tudo aquilo que eu não queria antes, posso não querer tudo aquilo que antes eu tanto queria.

Sou pequeno,sou frágil,sou reflexo da minha própria compreensão, do meu próprio entendimento e emano tudo aquilo que até a mim vier em forma de amor e felicidade.

Mas não queira se enganar. Emanar amor e felicidade tem um preço. É faca de dois gumes e quando você vê posso destilar parte da raiva e de todo o rancor venenoso escondido dentro de mim.

Explodo,expulso de dentro do peito todo o sentimento represado, mas calma.. 

Essa doce loucura que vive dentro de mim, não vai deixar de existir e nem deve, quando você se assustar vai ver apenas que eu sou assim.

Eu oscilo,você oscila,todos nós somos seres que amamos e também odiamos, uns mais outros menos. Outros guardam mais, outros muito menos, mas é assim, um dia saí,um dia a gente deixa ir tudo aquilo que está guardado no peito e fica de cantinho apenas olhando.

O carinho, o amor, todos aqueles sentimentos bons acompanham os ruins num barquinho e saem por aí tomando a cidade.

Não pense que eles sempre voltam, sentimentos não são filhos pródigos, muitas vezes os damos o mundo e eles nos dão apenas a saudade de sua presença.

Para que se enganar, se olhe apenas mais uma vez no espelho e tenha a certeza de que a vida lhe fez assim e ao mesmo tempo o contrário de tudo isso.

Abra os olhos, veja o espelho, veja você e todo os seu complexo arranjo de sentimentos e apenas diga:

Prazer, este sou eu.

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