quinta-feira, 7 de junho de 2018

Meu "querido" Ex.Doc (20)


(Todo mundo já teve um ex não é? Sendo assim,boas e más lembranças dos relacionamentos passados serão contados aqui no Meu "querido" ex, afim de relembrar, rir e chorar de boas histórias relatadas por pessoas que de forma anônima ou não se despuseram a contar suas vidas sem qualquer custo. A todos o meu MUITO OBRIGADO)

"Eu a conheci em meados de agosto de 2013 em uma boate que eu frequentava bastante com o meu amigo. Lembro que apesar de não fumar eu tinha ido acompanha-lo até a área de fumante por que ele estava bêbado e também claro pra não ficar lá sozinho no meio da boate.

Fomos para lá e em meio aquela confusão toda meu colega passou a conversar com uma garota que estava com uma amiga e com o marido em meio ao local.

Lembro que eu apenas conversei mais ou menos com as pessoas,meu colega no entanto chegou na garota e ao ouvir a exclamação "Este corpo que um dia a terra há de comer" e ele se levantou e brincou sem sucesso: "Prazer terra!", fora isso, logo voltamos para área da boate sem a companhia do casal ou da amiga.

Eu nunca soube brincar de open bar,não era novidade que ficássemos loucos naquele lugar e assim foi naquele dia.

Além de ficar bêbados até o limite tínhamos o costume também de comer um cachorro quente na porta,até para si recuperar um pouco e esperar o trânsito na rua da boate diminuir.

Geralmente eu parava o meu carro na mesma rua,só que sem ser na porta da boate até para não ficar aquele pombal dependurado no meu carro.

Pegamos o cachorro quente e sabe-se lá por quê não ficamos sentados em frente ao carrinho como sempre fazíamos,voltamos pra porta e então segundo o que conta o meu colega (Até por quê,eu não me lembro) ele viu a amiga do casal da área de fumante e uma outra mulher um pouco mais velha conversando com um carinha que provavelmente estava chegando na mais jovem.

Eu não me lembrava do nome da garota,afinal enquanto meu colega e os outros fumavam eu estava um pouco mais ocupado olhando pra cima ou mexendo em alguma coisa no celular.

Meu colega falou o nome dela e fomos tão efusivos ao aborda-la junto com a outra mulher que o cara que até então elas conversavam para descolar uma carona e sabe-se lá mais o que acabou por sair de fininho.

Descobrimos então que o casal já havia ido embora com outros amigos e que a mulher mais velha ao lado da até então amiga era na verdade mãe dela a quem meu colega, fã de uma coroa,se apressou a abraçar e conversar.

Eu não faço ideia do que conversamos ali,mas resolvemos então dar a carona para as duas e não sei ao certo se naquele momento eu tinha ideia do que conversava.

Mas me lembro que no caminho pro carro meu colega já estava bem entrosado com a mãe e eu conversava trivialidades com a filha até que falei: "Ah uma moça bonita dessa,não vai ter coragem de me dar um beijo"

Cantada horrível eu sei,mas funcionou,ela me beijou e com muito custo,afinal eu cometi a idiotice de dirigir bêbado até a casa dela. Meu colega agarrando a mãe no banco de trás e eu na frente com a filha me guiando.

Segundo meu colega eu quase levei o carro até a lagoa da Pampulha,mas felizmente chegamos sãos e salvos.

Na porta da casa da garota,já altas horas da madrugada estávamos lá nos despedindo,quando eu tive um belo de um mal estar e vomitei a vida por lá,dessa forma a mãe autorizou que dormíssemos na casa dela,afinal não tínhamos condições de voltar para casa.

A garota então segundo o que me contaram decidiu dormir comigo em colchões no chão da sala,assim como meu colega também,esse no entanto após muito insistir pela companhia da mãe a perdeu para a filha menor e foi dormir no quarto.

Pela manhã abri os olhos e vi um teto que eu não reconheci,pouco depois olhei para baixo e agarrado ao meu braço vi uma cabeça feminina a qual não reconheci de imediato,afinal eu não me lembro de tudo o que faço bêbado.

Olhei para o lado e meu colega dormia alegremente agarrado a uma replica de pelúcia da galinha pintadinha do filho da menina. Consegui colocar o travesseiro embaixo da cabeça da garota e notei meu celular carregando na estante logo a frente de nós. 

Eu ainda não estava atrasado para trabalhar,mas precisava urgentemente de um banheiro para me localizar. Acordei o meu colega e sussurrei: Eu vou ao banheiro vomitar,descobre o nome da menina e vamos embora que hoje ainda eu trabalho.

Foi um alívio quando apontei no corredor e vi o banheiro ao final dele. Fui até lá enquanto ouvia meu colega acordar.

Vomitar no banheiro de alguém que você não conhecesse provavelmente deve estar em alguma lista de todas as possibilidades nulas de iniciar uma relacionamento ou de amizade.Mas mesmo assim ao sair de lá meu colega conseguiu me avisar o nome dela para que eu não passasse mais esse constrangimento.

Admito,naquele dia a garota salvou nossas vidas e não somente pelo fato de não nos deixar voltar para casa dirigindo bêbados,mas também pelo fato de que se são e com a luz do dia eu custei a sair do bairro dela,imagina se eu estivesse do jeito que estava na noite anterior.

Cheguei em casa,são e salvo e pouco depois entramos em contato para que ela soubesse que eu cheguei bem e tudo mais.

Foi ali o início de uma relação que logo virou namoro e que duraria seis belos meses.

Era um belo namoro,meu colega namorou por uns dois meses a mãe da garota,eu a via quase que diariamente e não existia brigas.Apenas amigos em comum,respeito e muita balada regada a álcool.

Ela havia se separado recentemente do pai do filho,então o cara ainda se fazia muito presente,algo que de forma razoável me irritava,até por que ela apesar de sempre se referir mal a ele,tinha que estar sempre com o cara,mesmo que junto a mim para debater e o cara não se negava em momento algum a cantá-la e insistir numa possível volta.

Foram seis meses de namoro,durante esse tempo o ex dela sempre tentava contato se tornando conhecido até de amigos meus que se aproximaram da minha então namorada,contudo sempre me odiando com todas as forças.

Chegamos a janeiro de 2014 e fomos até um noivado de dois amigos dela em uma pequena fazenda de São João de Bicas,passamos ali um fim de semana de altos e baixos tendo enfim nossas primeiras rusgas.

Ela até então não tinha whattsapp no celular e após obter o mesmo com um celular que lhe arranjei passou a se isolar do mundo agarrada ao celular.

Comecei a desconfiar que ela estivesse de conversa com alguém e obviamente que o pai do filho dela me veio a cabeça,mesmo assim seguimos até o fim da viagem,com rusgas e desconfianças,mas sem uma briga ou troca de acusações efetivas.

Briga essa que só veio a acontecer quando chegamos a casa dela e então tivemos um entreveiro. Chegamos a casa dela ás sete da noite e saí de lá ás onze da noite,o trajeto da casa dela até a minha podia ser feito em torno de vinte minutos de carro e não demorou muito quando ainda no caminho eu liguei para ele e notei que o telefone só dava ocupado.

Óbvio que desconfiei,óbvio que não gostei daquilo,mas segui para a minha casa.

A decepção era óbvia,mas ainda viria a aumentar quando eu que detinha as senhas de redes sociais dela resolvi acessar para saciar a tola curiosidade.

Ela havia ficado com o ex,ele não gastou muito tempo para surgir na casa dela de moto,pouco depois que eu havia saído. O afastamento notado por todos já na fazenda onde estávamos foi provocado,meticulosamente para que a noite ela pudesse se encontrar com o outro sem que eu desconfiasse.

Ela negou é claro,até por que não foi de primeira que eu despejei tudo aquilo que eu sabia sobre ela e seu rolo extra.

Havia uma prima dela que sempre se declarou apaixonada por mim,daquelas onde até a mãe dela apontava que ela se declarava pelos cantos,mas que ao mesmo tempo era elogiável que eu não havia dado nenhuma trela para seus rompantes.

Cheguei até a fazer com que essa garota tivesse um namoro com o meu colega,o mesmo que havia se engraçado com a mãe da minha então namorada. Eles não foram em frente,afinal,tudo o que a garota fazia era para estar perto de mim,até que então ela terminou com o meu colega afirmando com todas as letras que ela queria outro. Ela me queria.

Meu colega não me revelou isso de imediato,mas apenas dizia ter se livrado de alguém que não o queria.

A conversa definitiva com a minha então namorada chegou e admito que foi péssimo. Saí da casa da garota,acabado,não por paixão,amor ou coisa assim,mas pela frieza com que ela negava qualquer coisa com o ex,enquanto eu já sabia de tudo.

Sabe quando você tenta remediar as coisas,mesmo sabendo que não há o que remediar,pois bem,era isso.

Fui forte e consolado por uma grande amiga e de quebra não demorou para que a prima apaixonada viesse até a mim,declarando toda a sua vontade de estar comigo além é claro as críticas a prima.

Ainda decepcionado marquei de sair com a prima,precisava me distrair e seria interessante conversar com alguém que queria tanto conversar comigo.

Já havia uma grande mania de tirar fotos do lugar onde se estava para por no Instagram e também no Foursquare,onde mostrávamos a localização e os lugares visitados. Fiz uma postagem do cardápio e a localização.

Saímos,jantamos,conversamos e admito,foi muito agradável de conversar com ela,ficamos,dormimos juntos e agora realmente olhando para ela,era uma garota muito mais bonita do que a minha ex,por dentro e por fora,ou pelo menos se esforçava para ser mais agradável.

A relação com a prima também não foi para frente,nos tornamos amigos e claro que quando a prima dela,minha ex,descobriu que nos relacionamos o mundo dela parecia ter vindo abaixo e ela passou alguns meses me perseguindo e até indo atrás de algumas garotas com quem eu me envolvia,mas felizmente como num clique resolvi que não teria mais nada com ela.

Hoje,não tenho qualquer contato com ela,mas sei que a relação dela com o ex marido,não durou,até por quê,ela preferiu seguir mais solteira do que com alguém,tempos depois entretanto,ela se envolveu com o atual marido com quem tem um filho.

Anos mais tarde,ela ainda tentou contato comigo duas vezes, uma pelo Instagram me dando os parabéns pela gravidez da minha namorada e desejando que eu fosse feliz,pois segundo ela eu merecia. Página virada é página virada,mas preferi não responder,assim como não respondi a sua segunda tentativa de contato tardia.

O filho dela tem um problema grave de vista que resultou em uma campanha para que ele fosse operado devido ao alto custo do tratamento. Claro que não acho legal que ela tenha esse sofrimento com os filhos,afinal sou pai e sei o quanto doí ver seu filho doente ou necessitando de algo.

Mas preferi não me envolver em nada relacionado a campanha,para não gerar problemas ou aproximações desnecessárias.

Que ela seja feliz ao lado do filho e da sua família,mas bem longe de mim."



Nenhum comentário:

Postar um comentário