terça-feira, 5 de junho de 2018

O futuro que eu espero


























Acho que já ficou bem claro que cada vez mais vivemos em um mundo de gente chata. Mas chata mesmo,daquelas que se torna pedante a cada dia mais e onde a bandeira da hipocrisia é hasteada de forma comum e simples.

Vivemos em uma sociedade tão egocêntrica que é bem capaz que de cada dez perfis que escolhermos ver no Instagram,mais da metade esteja recheada, única e exclusivamente com looks do dia ou selfies de diferentes pontos e ângulos,para não esquecermos de diferentes maquiagens externas.

Digo isso por quê se há uma dúvida sobre a existência de céu,paraíso,purgatório e principalmente o inferno,acredito que você não está observando bem o mundo a sua volta,mas vou te dar um cartão de boas vindas. "Welcome, o inferno é aqui!"

Seria tão mais agradável que nos apegássemos mais as nossas boas utilidades do que valorizarmos tanto aquilo que pouco importa,mas que tratamos a peso de ouro. 

Imagina como o mundo seria mais de legal de se ver e viver se o afeto pelas pessoas prevalecesse, se houvessem epidemias de beijo ao invés de doenças endêmicas e se os abraços fossem distribuídos com a mesma facilidade que mandamos mensagens pelo whattsapp.

Corrupção,injustiça social,fome,tudo isso seria uma doce lembrança daquilo que eu desejo para o nosso futuro,esquecido e enterrado em nossos versos ou lembranças mais arcaicas.

A solidão no nosso futuro, também não teria vez,exceto para aqueles que a buscam de forma incessante,visando autoconhecimento e meditação de corpo e alma.

No futuro que eu desejo a burrice não será mais celebrada com a exaltação de um grande feito,mas sim como um exemplo vivo daquilo que poderemos evoluir e melhorar. Dessa forma ouviríamos e leríamos coisas de melhor qualidade,assim como teríamos diálogos e materiais de maior formação e qualidade para nós e para as nossas crianças.

No bom futuro que desejo,não teríamos mais o abandono nas ruas de velhinhos em asilos,crianças e pessoas subjugadas a esmolas e animais domésticos soltos após almas impuras decidirem que eles não tem mais utilidade.

Sobre os velhinhos há um interesse comum para o futuro em adquirir conhecimento sobre aquilo que eles viveram e que podem passar aos mais jovens e que eles possam viver de um modo digno e com plenitude e não relegados aos maus tratos do governo e dos entes queridos para não falar dos loucos que desejam que os tempos de chumbo que tanto os fizeram sofrer sejam o futuro ao invés de passado distante.

No futuro que eu quero não vão ter tantas televisões,redes sociais e computadores ligados o tempo todo. Mas haverão bancos de praça, cadeiras de metros em metros onde as pessoas poderão ver e conversar com as outras. Sabendo opinar uma ponta aqui ou ali sem medo de causar intrigas ou discussões exageradas.

Nesse mesmo futuro não há literatura de auto ajuda,no máximo a molecada resolvendo na bola e nos dedos feridos todo e qualquer problema de infância,enquanto na maioridade tudo se resolve nas mesas de bar acompanhados de uma boa gelada.

Por mais momentos de prosa,verso,poesia e principalmente homens e mulheres caminhando dentro de paz,não só de espirito,mas também de humanidade e irmandade entre as pessoas.

Oh lástima,oh tristeza,infelizmente ao que tudo indica isso tudo é apenas utopia,daquelas onde o sonho é muito maior do que toda e qualquer relação de ideia que se possa ter de um mundo melhor.

Infelizmente ainda estamos bem distantes desse sonho de um mundo maravilhoso e belo,mas chegaremos até onde poderemos chegar e nos assegurar de toda e qualquer melhora para o nosso bem.

Enquanto isso vivemos
Enquanto isso aguardamos o mundo correr e a terra girar.

Infelizmente sem pressa,sem o anseio de como e quando ele vai melhorar.

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