sexta-feira, 11 de março de 2016

Por um sentimento sem rótulos



Talvez o saudoso Chorão da banda Charlie Brown Junior não soubesse o tamanho da referencia que suas palavras poderiam dizer: "Deixe viver, deixe ficar, deixe estar como está"

Nos tempos onde mais vale a mudança de relacionamento no facebook do que um "bom dia" seguido de um "eu te amo" temos a grossa mania de se apressar para definir o que cada um ocupa em nossas vidas.

Claro que inicialmente falaremos de amor. Marido, namorado, peguete fixo, PA, qualquer coisa desde que possamos ROTULAR alguém e definir o que tal pessoa é em nossa vida.

Com os amigos fazemos o mesmo, classificamos como colegas, mais chegados, amigos e os grandes amigos ou para aquelas garotas com mais afeto, o BEST.

Nossa sociedade se apressa sempre em definir como será a relação da vida alheia. Se moram juntos são casados, mesmo que namorem a míseros meses, por outro lado um casal que mora em casas separadas e namoram a anos podem facilmente ser tidos como namorados e até noivos sem aliança.

Talvez por isso seja tão difícil crer numa amizade entre homem e mulher. Por mais amigos que eles possam ser, de dividir conquistas, angustias e detalhes um da vida do outro a sociedade se nega a ver que eles podem ser apenas bons amigos. 

Quantas mulheres você já não viu reclamar que a relação com outras mulheres era mais conflituosa, daquelas onde não se podia confiar temendo perder o garoto de quem se gosta ou a ponto de revelar detalhes da vida que logo cairiam na boca alheia.

Mulheres tendem a ser mais desconfiadas e homens mais esquecidos.

As relações de hoje em dia não se assemelham as relações de décadas para trás. Nossos antepassados não tão longínquos casavam-se cedo ali por volta dos quartorze anos, com casamentos feitos sobre medida aos interesses familiares e aí de quem se opusesse a isso.

Hoje um casal que se casa aos vinte e um pode ser crucificado em praça pública,apontados de estarem estragando suas vidas,independente do tempo de namoro, independente do quanto gostam um do outro.

Verdade é que os casamentos antes tidos realmente como para a vida toda, hoje duram o quanto se acha necessário.

A separação hoje é algo comum, corriqueiro, há quem mal saía de um namoro ou casamento já pensando em emendar um próximo e quem sabe outro e mais outro.

A sociedade impõe e muitas vezes obedecemos a convenções esdruxulas, para não dizer idiotas, já que se está feliz com um longo e consistente namoro onde cada um mora na sua casa com seu espaço e as suas coisas em que momento há a obrigatoriedade de se juntas os trapos e seguir a tradicional frase feita: "Juntado com fé, casado é"

Esqueça os rótulos, esqueça aquela necessidade arbitral que lhe é imposta onde você deve ter ou ser o namorado de alguém, esqueça a velha mania de que se você namora a um tempo tem a obrigação logo de se casar e constituir sua família..

Se reserve a uma felicidade concreta onde as aparencias não enganam e não importem. Seja feliz! Isso basta!

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