terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Sua dor não é maior que a minha!
Por Priscila Gonçalves
E assim seguimos disputando em discussões acaloradas quem teve o maior problema, a maior dor, o sofrimento mais apertado, a perda mais difícil, na falsa esperança que o outro compreenda, baixe a cabeça e concorde.
Mas pera lá!
O outro não precisa compreender minha dor.
Se eu a compreendo e sei como lidar ou já resolvi está de bom tamanho.
Ficar esperando que as pessoas com as quais compartilhamos nossos sentimentos e frustrações compreendam o que passamos para nos sentir melhor é das maiores perdas de tempo.
Viver em sociedade com a ideia de ter pessoas próximas, amigos e família que nos apoiem é legal, mas, nascemos sozinhos e vamos morrer sozinhos.
Os maiores momentos de nossas vidas, passaremos sozinhos. Nascimento e morte.
O início e o fim. Nesse meio caminho temos que aprender a ser sozinhos em determinadas situações.
Ninguém consegue compreender 100% a dor alheia, mesmo que ja tenha passado por algo semelhante.
Somos diferentes, e assim, suportamos e lidamos com os problemas de formas diferentes.
O máximo que você pode fazer, é sugerir algo que possa melhorar a situação. NO MÁXIMO.
Fazer mais que isso, tomar a dor para você, é isentar o outro da responsabilidade e impedir seu crescimento.
Amigos, amigos. Problemas à parte.
Ah, e por favor, não tente convencer a ninguém que você é o maior mártir que ja existiu na humanidade.
É feio e enche o saco.
Cada um sabe, e apenas ele, o tamanho de sua cruz, e carregá-la sozinho é o destino.
Se precisar, abra-se com teus próximos e se eles puderem ajudar, que ótimo!
Mas sentir a dor, é pessoal e intransferível.
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