quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Não é apenas um jogo






































Doce paixão nacional capaz de nos remeter a amor,ódio e euforia num curto período de noventa minutos.

Emoções a flor da pele onde uma decisão contrária a nossa nos fazer verter a raiva soltar o grito até que tudo chegue até onde deveria estar nas redes. No gol!

Morando no Brasil desde cedo aprendemos que o futebol movimenta muito mais do que apenas as redes no momento do gol.

Além do dinheiro amplamente envolvido nas milionárias transações de jogadores eis que temos também a paixão pelo jogo.

Que coisa é essa que faz com que milhares de pessoas se atentem frente a televisão ou aos estádios enquanto vinte e duas pessoas correm atrás de uma boal respeitando as limitações do tapete verde e o apito muitas vezes desastrado do juiz.

Sabemos que é mais do que isso.

O futebol faz heróis e vilões, salvadores e vítimas. 

Um goleiro que franga ou simplesmente falha pode ter sua carreira afetada por toda a vida frente não só aos torcedores do seu time, mas quem acompanha, quem sabe sobre ou quem apenas viu o lance. Sendo que antes disso ele pode ter feito as mais belas defesas. Um gol basta.

Um golaço feito pelo atacante pode no entanto mascarar as diversas vezes em que ele pisou na bola, errou a meta ou apenas chutou torto.

As mesas de família,rodas de discussão, mesas de botecos.

Paixão nacional, nada mais justo tendo em vista que vivemos no país do futebol.

E olha que com tudo de bom e ruim que temos em nosso país falar mal do nosso time do coração se torna ainda mais criminoso. 

Conheço aqueles que dariam um braço para não ver o time rival campeão ou aqueles que enumeram os feitos do clube ao lado do nascimento dos filhos. 

A taça vai pra lá, o dinheiro, fama e gols também, mas a alegria fica na cabeça.

Homens são consagrados por um único lance ou pela esperança de serem a solução para um problema crônico de um clube, de uma paixão.

Convenhamos que tomar um fora de uma namorada doí, mas já experimentou perder uma final de campeonato ou que tal tomar sete gols dentro de casa, com todo mundo ali, ligado.

Mesmo não sendo nacionalista o futebol mexe com as pessoas.

Posso admirar até mesmo nossos hermanos argentinos que não será nada mal elogiar também um português oriundo dos nossos colonizadores.

No futebol há passado,presente e futuro e ele vem acompanhado de uma carga.

Carga emocional que dura muito mais do que o tempo da partida. Dura uma vida inteira.

A cada temporada a esperança sobe. Será que agora o time engrena? Será que esse ano o outro time caí?

Partida após partida vamos vivendo uma gangorra de emoções, a cada minuto, cada bola lançada na área, cada vez que meu atacante chuta e não é gol.

Sofremos,gritamos,choramos, vibramos e como vibramos.

Seria mais fácil se fosse realmente apenas um jogo?

Seria mais fácil se quem joga apenas entrasse ali sem pretensão a nada e de forma sutil notássemos que o nosso time perdeu ou ganhou.

Talvez...

Mas esse amor visceral pelo esporte e por nosso time é algo que queremos passar aos nosso filhos, nossos netos.

Ir a campo, cantar os gritos de guerra, zombar dos rivais vencidos com a camisa colada ao peito enquanto felizes voltam para as suas casas.

Uma pena quando isso não acontece.

Mas é futebol e logo logo a bola rola de novo. Felizmente vamos logo nos esquecer da derrota passada para que como uma fênix o clube para qual torcemos possa ser grande como sempre foi.

A gente até finge que não olha, finge que não vê, mas não dá.

É mais forte que nós e vem de dentro todo o amor que despejamos ali.

Se na Europa e seus países de primeiro mundo o futebol funciona como entretenimento para as classes diríamos então que para nós brasileiros é o analgésico do povo.

Aquele que de uma forma contundente nos faz esquecer dos problemas e sorrir mais um pouquinho.

Para nós o futebol não é uma questão de vida ou morte. É bem mais importante do que isso!

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