sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Para não silenciar as emoções



Faz mal ao coração represar seus sentimentos. Acho que alguém me disse isso lá na infância quando tentava me explicar que ter uma paixão platônica por alguém poderia me fazer mal.

O coração é órgão responsável por bombear sangue, logo cremos que ele é também o responsável por nos manter vivos enquanto ele bater. Dessa forma sua aceleração ou desaceleração condiz de forma direta naquilo que sentimos e expressamos ao mundo.

Freud dizia que quando silenciamos os sentimentos as emoções deixam de morrer,contudo elas são sim enterradas e uma hora ou outra acabam retornando a luz porém da pior maneira.

Fisicamente também não podemos omitir nossos sentimentos. Corremos o risco de nos anular e pouco a pouco irmos minando tudo aquilo que o nosso coração recepta. Logo deixaremos de acreditar nos bons sentimentos por estar com todos os maus sentimentos acumulados em nosso peito.

Muitas vezes as pessoas nos machucarão sem qualquer intenção disso. Por óbvio ao nos expressar contra as chagas que nos são impostas acabamos por dar mostras claras que de a outra pessoas ultrapassou o ponto. Exagerou a nossa resistência ao que pode e ao que não pode dentro da nossa concepção.

Quem está a nossa volta não possuí bola de cristal ou tampouco é obrigado a saber que estão a embarreirar as nossas vidas com suas palavras ou atitudes, por isso cabe a nós definir esses limites e informar a eles quando a situação deixa de ser agradável para se tornar uma experiência de relacionamento e convivência desagradável.

Apesar de não parecer estamos com mente e corpo ligados a um únicos ser. Devido a isso a cada desagrado que a vida e as pessoas nos proporcionam estamos logo vinculados a possíveis problemas agravados ao nosso corpo físico.

Por muito tempo era mal visto expressar seus sentimentos ao léu,quando crianças então pode parecer uma pirraça,uma birra mal sucedida,mas tal repreensão na infância faz com que cada vez mais tenhamos adultos com dificuldades para administrar a melhor forma de lidar com os seus sentimentos e por isso basicamente os reprimem.

Falar sobre os nossos sentimentos traz um alívio sentimental gigantesco e fundamental para as nossas vidas. É como descarregar os velhos e mal sucedidos sentimentos para trazer a tona novos sentimentos a serem expostos em relações mais maduras e com maiores chances de obterem um limite saudável de aceitação própria.

Esteja sempre ciente de suas emoções. Saber exatamente aonde pode pisar e até onde você suporta. Se a pessoa sempre omitiu as suas emoções as conservando em uma caixinha oculta dentro de si é bem provável que seja mais difícil para ela se abrir e permitir que não só ela,mas também outras pessoas sejam notificadas daquilo que se passa.

É preciso também aprender a identificar aquilo que sentimos,algo que mesmo que pareça não tem nada de fácil,muito pelo contrário. Somos tomados muitas vezes pelo ressentimento crendo estar diante de um acesso de raiva e por quantas vezes você não confundiu euforia e paixão com o mais nobre dos sentimentos?

É preciso auto conhecimento para se identificar aquilo que se sente e acredite esse processo não costuma ser rápido. Através de processos como esses é que poderemos detectar os nossos limites e os limites alheios.

Apesar de parecer um fato negativo é justamente os limites que impossibilitam que as pessoas cientes ou não desses limites se aproveitem de uma certa ingenuidade ou até mesmo bondade de sua parte. Dizer aquilo que se pensa e principalmente aquilo que se sente é absolutamente necessário e não deve ser tido como um módulo de ataque,mas sim um módulo de defesa justa.

Ser constantemente atacado e criticado seja lá pelo que for acaba por minar as forças de reação das pessoas,logo um pouco de firmeza para mostrar a sua opinião e aquilo que incomoda ou beneficia é algo bem recomendável.

É uma via de duas mãos. Não devemos nos calar,mas também não podemos abrindo a boca e desabafando a cada pessoa que surja em nossa frente até por quê nem todas as pessoas tem boas intenções em nos ouvir. A paciência é um exercício que adentra esses quesitos,mas saber se portar e saber se mostrar firme e principalmente se expressar é essencial.

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